Vitiligo: o que é, causas, tipos e tratamento

O vitiligo é uma doença de pele caracterizada pela perda de pigmentação, resultando em manchas brancas de tamanhos variados. Essa despigmentação ocorre devido à destruição ou mau funcionamento dos melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina — o pigmento que dá cor à pele.
Embora as causas exatas ainda não sejam totalmente compreendidas, acredita-se que o vitiligo esteja associado a fatores autoimunes, genéticos e emocionais. Estresse, traumas e histórico familiar podem contribuir para o surgimento ou agravamento do quadro. Importante destacar que não é contagioso, nem oferece risco à saúde física — embora possa afetar a autoestima e a qualidade de vida do paciente.
A condição pode surgir em homens, mulheres e crianças, independentemente da etnia ou idade, e em muitos casos, se manifesta após episódios de estresse intenso, como perdas, mudanças ou separações.
O vitiligo também pode estar relacionado a outras doenças autoimunes, como lúpus, doenças da tireoide e hepatite autoimune.
Principais tipos de vitiligo
O vitiligo pode ser classificado de acordo com a localização e extensão das manchas:
Formas localizadas
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Focal: uma ou mais manchas em uma região limitada, sem padrão específico.
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Segmentar: manchas em apenas um lado do corpo, geralmente seguindo a distribuição de um nervo (dermátomo).
Formas generalizadas
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Vulgar: o tipo mais comum, com manchas distribuídas em várias partes do corpo.
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Acrofacial: afeta extremidades (mãos, pés) e o rosto.
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Misto: combinação de mais de um tipo de vitiligo.
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Universal: mais de 50% da superfície corporal acometida.
Vitiligo tem prevenção?
Não. Por se tratar de uma condição com origem genética e autoimune, não há formas comprovadas de prevenção. No entanto, evitar estresse e manter o equilíbrio emocional podem ajudar a reduzir as chances de surgimento ou progressão das manchas.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é principalmente clínico, baseado na análise visual das manchas, sua distribuição e histórico do paciente. Além disso, o dermatologista pode solicitar:
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Exame com lâmpada de Wood, que evidencia as áreas despigmentadas com fluorescência;
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Biópsia de pele, para confirmar a ausência de melanócitos;
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Exames de sangue, para investigar a presença de outras doenças autoimunes.
Cerca de 30% dos pacientes têm histórico familiar da doença, o que reforça o papel genético.
Orientações após o diagnóstico
Pessoas diagnosticadas com vitiligo devem adotar alguns cuidados para evitar o agravamento da condição:
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Evitar roupas apertadas ou que provoquem atrito;
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Reduzir a exposição solar intensa sem proteção;
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Controlar o estresse emocional;
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Estar atento ao chamado Fenômeno de Koebner, em que lesões surgem em locais de trauma ou pressão na pele.
Como o vitiligo evolui?
A progressão da doença é imprevisível. Pode se limitar a poucas áreas ou atingir grandes partes do corpo. Quanto mais cedo o tratamento é iniciado, maiores são as chances de sucesso na repigmentação da pele.
As áreas mais frequentemente acometidas incluem: rosto, mãos, pés, genitais, axilas e joelhos.
Existe tratamento?
Sim! Embora ainda não haja cura definitiva, os avanços no tratamento do vitiligo têm apresentado excelentes resultados. O objetivo principal é estabilizar o quadro e estimular a repigmentação da pele.
O tratamento é individualizado e deve ser conduzido por um dermatologista. As opções incluem:
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Medicamentos tópicos ou orais;
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Fototerapia com luz ultravioleta (UVA ou UVB);
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Em casos específicos, procedimentos como microenxertos de melanócitos.
A fototerapia é uma das abordagens mais eficazes e consiste na exposição da pele a luz UV controlada, promovendo a ativação dos melanócitos.
Aspectos emocionais e apoio psicológico
O vitiligo pode impactar profundamente a autoestima e a vida social dos pacientes. Por isso, em muitos casos, o tratamento dermatológico deve ser associado ao acompanhamento psicológico, contribuindo para o bem-estar e aceitação da condição.
Se você identificou manchas na pele ou foi diagnosticado com vitiligo, não adie a consulta médica. Com o acompanhamento adequado, é possível controlar a doença e melhorar sua qualidade de vida.
Fonte: Assessoria de Marketing, com informações obtidas em: Ministério da Saúde; Dra.Camilla Borges; e HC-UFG/Ebserh.