Semana Mundial de Conscientização sobre o Sal: Menos sal, mais saúde!

A Semana Mundial de Conscientização sobre o Sal tem como principal objetivo incentivar ações baseadas em evidências para reduzir o consumo de sal pela população. A redução do sal na alimentação é uma estratégia fundamental para proteger a saúde do coração e prevenir diversas doenças crônicas.

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) apoiam essa iniciativa, oferecendo ferramentas técnicas para ajudar os países a criarem políticas eficazes de redução do sal. Isso inclui o estabelecimento de metas para diminuir o teor de sódio nos alimentos, além de ações de comunicação para promover hábitos saudáveis em casa, nas escolas e nos ambientes de trabalho.

O sal em excesso faz mal

O consumo exagerado de sal — também chamado de sódio — está diretamente ligado à elevação da pressão arterial, aumentando o risco de doenças cardiovasculares. A OMS recomenda o consumo máximo de 5 gramas de sal por dia (o equivalente a menos de 2 gramas de sódio). No entanto, nas Américas, o consumo médio chega a 8,5 gramas por dia, superando em 70% o limite recomendado.

Por que reduzir o sal?

Reduzir o sal na dieta é uma das medidas mais custo-efetivas para prevenir a hipertensão e doenças do coração. As ações prioritárias incluem:

• Reformular produtos alimentícios para conter menos sódio, com metas obrigatórias de redução;

• Oferecer opções com baixo teor de sódio em instituições públicas como hospitais, escolas e empresas;

• Promover campanhas educativas para conscientizar a população;

• Adotar rotulagem clara nas embalagens e restringir o marketing de alimentos ultraprocessados;

• Monitorar os níveis de sódio nos alimentos e na dieta da população.

Um risco silencioso

O uso excessivo e contínuo de sal pode parecer inofensivo, mas está ligado a problemas graves, como a hipertensão — responsável por cerca de 9,4 milhões de mortes por ano no mundo. No Brasil, o consumo de sódio é quase o dobro do recomendado e causa mais de 46 mil mortes anuais por doenças cardiovasculares, segundo o Ministério da Saúde. O impacto financeiro também é alto: cerca de US$ 944 milhões por ano em custos diretos e indiretos.